Thursday, January 22, 2009

Poxa hoje fazem, nem vou dizer quantos anos, muitos anos da minha estada em Angola. Eu era apenas um garoto, 21 anos, e com amigos americanos que conheci no Rio viajei para o Paraguai onde com uma nova identidade viajamos para a França. Ah a França!!! Lindo país!!! Fomos para uma fazenda no norte do país, uns 80 km de Paris proximo à fronteira com a Belgica. Lá em um campo de treinamentos muito bem organizado, meus amigos se revelaram: CIA!!! Eles queriam pessoas que falassem português, para ajudar a combater o comunismo no país africano, Angola. Como eu sempre fui anti-comunista, topei e mergulhei de cabeça em 3 semanas de treinamento pesado, um mal disfarçado curso das forças especiais pois o que eu aprendi, foram tecnicas de combate com poucas armas, pistola Colts 45, fuzil M-16, granada de mão, faca, etc... Bom apos o treinamento que teve como ponto forte, os saltos de paraquedas, principalmente noturnos e com equipamento completo, viajamos para Paris onde passei uma noite inequecivel passeando de carro e tomando muita mas muita champanhe!!! Eramos 1 brasileiro, 5 portugueses e uns 10 angolanos, fora meus amigos americanos, sempre por perto e muito solícitos. De Paris pela manhã embarcamos em um longo vôo para Cidade do Cabo e de lá por terra até a Rodésia que parece que mudou de nome. Bom daí em frente foram uns 2 meses de muita atividade da fronteira em direção a Angola, culminando no terrível salto final onde dos 15 que foram, apenas 3 retornaram, uma situação de combate feia paca!!! Caçados por tropas cubanas treinadas na União Soviética, a sobrevivencia foi um milagre dos mais imprecionantes. Não quero mais falar sobre isso, mas relembrar é preciso. Lembro de uma noite que passamos dentro de um rio, cheio de crocodilos, com o barulho dos soldados cubanos muito proximos à nossa procura!!! O que nos separava dos crocodilos eram enormes raizes que ficavam imersas na agua formando uma barreira natural mas que para quem estava dentro do rio parecia uns galhinhos muito fraquinhos!!
Bom enfim, mais um ano passado daqueles sinistros acontecimentos. Em memoria do coronel Steiner, americano, lider do pelotão que ficou morto e insepulto na planicies africanas, devo a vida a êle, adeus amigo!

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