Sunday, January 27, 2013

Falando hoje sobre "pastores" ricos me lembrei desta escrita há muito tempo: – “Deus” (1979) O que é Deus? Do ponto de vista burguês, Ele é o pai, o Criador (até aqui eu concordo), uma figura séria que vive punindo os outros, os que agem errado; é um velhinho de barbas brancas e cumpridas que fica sentado em um trono no céu, tem uma voz de trovão e está sempre pronto a castigar a quem for contra as suas Leis. Ora, isto tudo é muito falho e confuso. Só há lógica para este tipo de divindade para a burguesia. Este deus foi criado pôr sacerdotes inescrupulosos que visavam apenas o poder sobre o povo, o domínio sobre as ações dos membros da comunidade e o controle da vontade da massa. Passaram-se muitos séculos, vieram novos sacerdotes, mas a velha filosofia continua. Poxa, há algumas centenas de anos Gengis-kã já dizia : “mostra-me um sacerdote e eu te mostrarei um homem extremamente ambicioso de poder e riqueza!”. Então, fica fácil compreender toda a trama. Este deus tal como foi pintado não existe! Deus, o Inominável, criou o universo e criou Leis para rege-lo, mas, ninguém pode julgar os critérios que Ele usa para fazer com que a Lei seja cumprida. O importante é saber que não podemos quebra-la e seguir adiante como se nada tivesse acontecido, pois, no momento devido e isto é de competência exclusivamente de DEUS, a justiça é feita. Deus é justo. A sabedoria popular é realmente muito precisa quando diz: “A justiça de Deus tarda, mas, não falha”. Existe uma LEI no universo que podemos chamar de Lei das causas e efeitos, a qual explica que tudo que se faz, mesmo os atos mais insignificantes provocam uma reação proporcional. Se eu planto uma flor, colherei uma flor e assim por diante. Mas, é importante notar que tanto a ação como a reação tem seu berço no interior do próprio indivíduo. Por exemplo, se fulano é um indivíduo violento, a violência é inerente ao seu ego e, quando por um motivo qualquer, ele agride outra pessoa e como resposta é também agredido, tudo partiu dele próprio. Ele pode ter provocado um cidadão pacato que apenas se defendeu e levantou os braços num momento de medo e raiva, mas, cujo natural não comporta a violência. Assim, a resposta violenta não partiu do cidadão pacato, mas, sim, do próprio agressor. É claro que a situação muda quando dois violentos por natureza se defrontam. Ora, voltemos a falar de Deus! Como definir Algo que está muito acima da nossa compreensão? Como definir uma força que é a Maior potência do universo e a única Realidade absoluta? Podemos definir apenas uma pequena “fração” de Deus que é o que a Igreja católica chama de Espírito Santo. O Espírito Santo é o estado de perfeição a que atingiram as pessoas que se livraram da Roda da Vida, que já adquiriram pôr esforço próprio o estado de perfeita pureza após terem nascido e morrido milhares de vezes , após terem adquirido a mais verdadeira compreensão das Leis Absolutas que regem o universo, criadas por DEUS, de terem-se purificado de todo o carma e de terem se livrado de toda a ilusão. Assim, a divindade existe dentro de nós! Nós somos Deus! Apenas que devido à forte ligação com a matéria, somos por nós mesmos enganados e iludidos e passamos a achar que só existe aquilo que pode ser percebido pelos nossos falhos cinco sentidos materiais! Com muitas e muitas encarnações vai o homem, pouco a pouco, percebendo o real sentido das coisas e lentamente se livrando das atrações enganadoras do mundo. Com isto, ele vai também evitando de cometer atos que pela LEI do carma passam a faze-lo continuar preso à Roda da Vida. O Espírito de cada um de nós é uma Unidade indivisível de origem divina, somos conforme a própria Bíblia diz: feitos à imagem e semelhança de DEUS, temos a Própria Divindade dentro de nós. Se tivéssemos fé não frequentaríamos igrejas, mas, nos concentraríamos em nós mesmos e sentiríamos DEUS pulsando em nós. Portanto, Deus existe, sim, mas é um todo, inefável, inominável, é a Perfeição, é também a LUZ de outros irmãos que um dia foram como nós, imperfeitos e impuros, mas, que hoje espargem sua Luz sobre toda humanidade, procurando ajudar a despir para sempre este falho abrigo terreno, nosso corpo, a transformá-lo num templo e a fazer de nós puros e que de dentro de nós brote a essência da Verdade, pois, nós somos Deus! Om mani padme um! (eu saúdo Àquele que está dentro de você!).

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